sábado, 27 de dezembro de 2014

A casa é sua

    Antes que o ano acabe, quero contar da primeira reunião com os amigos no meu "apê" (não rolou "bundalelê", viu, gente?!). Já aconteceu até a segunda reunião, mas a primeira foi de inauguração, de apresentação do meu cantinho, teve brinde, discurso e até choro. Sim, chorei. Quem me conhece sabe como sou molenga pra essas coisas.
   Como já era de se imaginar, o choro veio no momento do discurso, em consequência de uma música que escutei durante a semana, antes do tão esperado "get together" ocorrer. Pois bem, Arnaldo Antunes escreveu a música que me fez perceber o quanto eu queria receber visitas em casa, visitas de pessoas que são importantes para mim, que participam da minha vida, que ficariam felizes em conhecer meu apartamento e falar "é a sua cara!" ou deixar um recado na lousinha da cozinha. Esta fofíssima canção chama-se "A casa é sua" e, embora a letra dê a entender que é para uma mulher amada, para mim, representou toda a minha ansiedade e vontade de ter pessoas queridas aqui, convivendo comigo e movimentando o ambiente.
O icônico jogo do filme

  O encontro daquele dia foi ótimo: teve um risoto delicioso; teve parabéns para os aniversariantes do mês; teve gente jogando "super nintendo" (a galera aqui é meio retrô); teve gente chorando (eu); teve gente se abraçando; teve gente se zuando; teve "selfie" da turma; teve gente jogando o jogo do filme "Bastardos Inglórios" (toda vez a gente se refere a esse jogo assim). Foi bom demais!!!
  Só para atualizar, tivemos a segunda reunião (com direito à reclamação pelo barulho da bagunça) e amanhã teremos uma terceira. Será que tomo uma advertência dessa vez? Se tomar, vai ter valido a pena.





" A casa é sua, por que não chega agora? Até o teto tá de ponta-cabeça porque você demora"...

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Novo lar, novas contas

  Nossa, sinto como se eu tivesse abandonado o blog! Muito tempo sem escrever.
  Bom, resolvi contar sobre esse pequeno "episódio" porque quando o relatei para uma amiga, ela riu muito e, educadamente, pediu para repassar essa breve historinha para sua família.
  Estava em meu apê, curtindo a tranquilidade e o meu café-da-manhã, quando resolvi abrir a primeira fatura do cartão de crédito depois que me mudei. Usei uma caneta marca-texto para identificar os itens supérfluos e assustei: a conta ficou mais colorida do que eu imaginava! Toda cor-de-rosa (e eu nem gosto de rosa)!
  Meia hora se passou e eu ainda me martirizava pelas compras desnecessárias, quando uma enxaqueca começou. Só quem tem essas dores de cabeça sabe como é ruim, vontade de arrancar a cabeça do corpo. 
  Depois que tudo passou, virei motivo de chacota entre os amigos pela auto-punição quase instantânea. 

Fofinho!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Novo lar

  De volta à civilização moderna, após quase 2 meses de ostracismo tecnológico, tenho internet no meu novo lar. É, gente, "novo lar".
  A ideia de voltar a morar sozinha estava na minha cabeça desde quando voltei a morar com minha mãe. Após 3 anos na peleja com a minha formação e com a minha profissão, pude colocar esse plano em prática. Encontrei um apê fofíssimo, minha cara, que cabia no meu orçamento. Depois de quase 3 semanas mudando aos poucos, no dia 11 de julho passei minha primeira noite no apê. Foi estranho sair de casa, despedir da galera. E despedir da minha mãe foi o mais difícil: a cara que ela fez, como se eu estivesse indo morar no Iraque, foi de cortar o coração, de dar aquele nó na garganta. A gente se abraçou, rolou choro de ambas as partes, mas entrei no carro e fui, ao som de "Somewhere only we know", do Keane (que deu um tom mais dramático ainda, se é que era preciso...).

Bom, me sinto feliz, apesar de um pouco preocupada com os gastos e tal. Mas estou dando conta. Tem valido a pena. Ter meu espaço me motivou a realizar vontades que antes não eram tão latentes, como ter uma maquininha para fazer "waffles", uma lousa pra escrever com giz. O aspecto principal que realmente mudou foi a localização geográfica, mas as outras mudanças, as mais sutis e importantes, tenho percebido agora. Mais leveza, mais satisfação, auto-estima mais elevada.


Tô melhor que essa Julia, comecei a cozinhar antes :-p

segunda-feira, 23 de junho de 2014

"E agora, José?"

  Bom, pessoal (que talvez acompanhe esse blog), estou devendo uma história que aconteceu esses tempos. Ando meio preguiçosa, perdendo o "timing" de escrever aqui. Mas vamos lá.
  Eis que fui visitar meus avós um dia desses. Conversa vai, conversa vem, bolo, café, suco, quitutes de vó. Resolvi ir ao banheiro para um "pipi stop" e quando fui sair... A porta não destrancou!! "Não pode ser", pensei, "não deve ser verdade, acho que não tô girando o trinco direito". Só que sim! Estava presa no banheiro.



A princípio, fiquei incrédula; depois, tentei raciocinar ("E agora, José?"); mais uns minutos, e fiquei nervosa, xinguei a porta de mais de 40 anos de existência. Após uns bons 15 minutos, me acalmei e encarei o problema, resignada de que era euzinha que teria que me tirar de lá de dentro. Então, depois das tentativas frustradas pelo lado de fora, meu avô me passou ferramentas pelo vitrô do banheiro e orientou minhas ações. Minha avó também aparecia de tempos em tempos no vitrô para saber o "status" da situação.
 Meu celular tocou e tive que alertar minha amiga que eu atrasaria para o nosso encontro devido ao bizarro impedimento.
   Em uns 40 minutos, quando consegui tirar os pinos das dobradiças com muitas marteladas, pus fim à minha clausura. Durante o tempo que passou, tinham chegado também minha tia, meu irmão e minha cunhada. Quando meu avô empurrou a porta, estavam todos lá, olhando para a minha cara, testemunhando essa "pegadinha" da vida.



Só o MacGyver mesmo!

sexta-feira, 2 de maio de 2014

O casamento

  
Ai, que fofinhos!
Finalmente, o grande dia chegou! O dia do casamento de uma das minhas melhores amigas! O dia em que fui madrinha pela primeira vez!

   E foi um dia muito feliz, mesmo que muitas coisas tenham conspirado contra meu bom humor (vestido que mandei fazer e não gostei muito, corte de cabelo que eu não queria, sandália que comprei pela internet e não chegou). Adorei ter participado do processo: dia do noivado, chá bar, despedida de solteira. Fiquei muito animada, ansiosa, uma sensação parecida com a que tive no dia da minha colação de grau, orgulho, satisfação e alegria misturados.
   A cerimônia foi bonita; os votos dos noivos, emocionantes. Muita gente emocionada também e muita gente engolindo o choro (tipo, eu). Depois, uma energia boa transbordou no salão e aproveitei a festa rodeada de pessoas bacanas que estavam na mesma "vibe", felizes pelo casal e arrasando na pista de dança.
   Para encerrar a noite (que só acabou porque mandaram as pessoas remanescentes embora), conheci um cara legal. Não sei se nos falaremos de novo, mas ele já cumpriu seu propósito para mim. Voltei a ter a certeza de que existem, sim, pessoas interessantes nesse mundo. Pessoas que ainda não conheci, que podem me surpreender e, quem sabe, fazerem parte da minha vida. Pessoas leves, que falem de mirtilo, que arrumem seu "bigode fake".


Acho que não rola muito amor entre esse casal
















Que madrinhas"lindas"! Só que não...

domingo, 30 de março de 2014

Vazio 2

  No último post, me referi aos meus vazios e, no momento, já não são tantos. Na verdade, os dias já estão preenchidos de afazeres, muitos textos pra ler, um artigo empacado pra terminar, muitas demandas no trabalho e eu me sentindo sem tempo de novo. Devo ser masoquista ou ansiosa demais mesmo, não sei.
  O que sei é que em tempos de casamento - não é o meu, gente, vou ser madrinha de uma amiga -, lembro do meu vazio que ainda não foi preenchido, idealizo pessoas, relacionamentos, o futuro. Me deparo com supostos sinais, coincidências, coisas que "eram pra ser" e piro tentando interpretar ou prever algum acontecimento.

Esses dias, um trecho do livro "Mulheres que correm com os lobos" me fez compreender algo que, se não for a essência de um relacionamento, é algo muito importante. No mínimo, é uma ideia madura sobre o assunto que faz sentido pra mim agora. Eis o trecho:

"Às vezes aquele que está fugindo da vida-morte-vida insiste em pensar que o amor é apenas uma dádiva. No entanto, o amor em sua plenitude é uma série de mortes e de renascimentos. Deixamos uma fase, um aspecto do amor, e entramos em outra. A paixão morre e volta. A dor é espantada para longe e vem à tona mais adiante. Amar significa abraçar e ao mesmo tempo suportar inúmeros finais e inúmeros recomeços - todos no mesmo relacionamento."

 ("Mulheres que correm com os lobos", Clarissa Pinkola Estés, p. 205)





Tem que rolar uma piadinha...


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Vazio

  Um mês inteiro de 2014 já se passou. Já estou há 2 meses sem frequentar aulas na universidade, já foi  minha festa de formatura, minha colação de grau, meu aniversário e nesse tempo que passou percebi um vazio. Ou melhor, "vazios". É estranho dizer isso, mas sinto falta de ter coisas pra ler e pra escrever, de ouvir os professores, de circular pela universidade. Cheguei, então, a conclusão de que gosto mesmo de estudar e preenchi essa lacuna que se formou com um grupo de estudos e uma disciplina na pós-graduação da Educação.
  Ao identificar o espaço/tempo vago na minha rotina, busquei também colocar alguns projetos em prática e acabei aceitando um trabalho voluntário. Além disso, retomei minhas aulas de italiano pra concluir as lições de um livro lindo, que mostra o melhor da Itália.

  Bom, é uma pena que nem todos os "vazios" a gente consegue se virar pra preencher. Existem aqueles que pra se preencherem tem que ser o vazio de alguém também.
Porque não pode faltar uma piada 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Arquivo Morto

   Primeiramente, feliz 2014 pra quem for ler o primeiro "post" desse novo ano, vamos fazer jus a educação que mamãe me deu. 
   Bom, como é de praxe nessa época do ano, estou no processo de reorganizar meu quarto, roupas, papéis, documentos, quinquilharias, agenda do celular, arquivos do computador e até o perfil do Facebook.  São muitas as extensões do nosso ser, partes de mim que ficam espalhadas na casa, no trabalho, no carro e em aparelhos eletrônicos.


Certeza que meu arquio morto seria assim!

   Na "vibe" da organização e renovação, me surpreendi pensando em "pessoas" que participaram da minha vida em 2013. Me veio à cabeça a ideia de "arquivo morto", onde ficam os arquivos que um dia foram importantes e que agora só estão guardados por precaução. Assim, estava organizando mentalmente meu próprio "arquivo morto" nos últimos dias, quando pessoas que eu julgava fora da minha rede de relações deram o "ar da graça" na minha vida novamente.
Que surpresa! Quem eu considerava "arquivo morto" não estava tão morto assim, meio zumbi talvez. 
   Vamos, então, dar uma chance à ressurreição (ou será assombração?) e ver o que acontece.