Não estava essa calamidade, vai... |
E foi tentando organizar minhas coisas que percebi como isso parece uma retrospectiva, não só deste ano, mas de outros tempos também. Sempre vejo aquele brinquedo guardado que não tenho coragem de me desfazer; um monte de papéis, textos e livros; contas pagas e notas fiscais; roupas que não gosto mais e aquelas que não sei porquê comprei; pijamas que estão quase se desintegrando, mas que são os mais confortáveis; bilhetes e cartas; CDs que ouvia na adolescência; coisas que um dia a gente pode precisar (tipo, plugues de tomada, clipe, grampo de cabelo, blocos de "post-it", elásticos, bulas de remédios, chaveiros...); bijouterias fora de moda; fotos, um milhão de fotos espalhadas por várias caixas e gavetas.
Em toda vez que faço essa mega arrumação, é inevitável reviver sentimentos e descobrir algo que estava guardado mas que já nem me lembrava mais. É boa também a sensação de desapego, de pensar "isso eu não preciso mais", de deixar espaço para as novas aquisições. Apesar de ser uma organização material, a retrospectiva das lembranças também provoca um tipo de limpeza no "quarto de dentro", um balanço do que valeu a pena, origem de novos planos e ideias para o novo ano.