domingo, 30 de março de 2014

Vazio 2

  No último post, me referi aos meus vazios e, no momento, já não são tantos. Na verdade, os dias já estão preenchidos de afazeres, muitos textos pra ler, um artigo empacado pra terminar, muitas demandas no trabalho e eu me sentindo sem tempo de novo. Devo ser masoquista ou ansiosa demais mesmo, não sei.
  O que sei é que em tempos de casamento - não é o meu, gente, vou ser madrinha de uma amiga -, lembro do meu vazio que ainda não foi preenchido, idealizo pessoas, relacionamentos, o futuro. Me deparo com supostos sinais, coincidências, coisas que "eram pra ser" e piro tentando interpretar ou prever algum acontecimento.

Esses dias, um trecho do livro "Mulheres que correm com os lobos" me fez compreender algo que, se não for a essência de um relacionamento, é algo muito importante. No mínimo, é uma ideia madura sobre o assunto que faz sentido pra mim agora. Eis o trecho:

"Às vezes aquele que está fugindo da vida-morte-vida insiste em pensar que o amor é apenas uma dádiva. No entanto, o amor em sua plenitude é uma série de mortes e de renascimentos. Deixamos uma fase, um aspecto do amor, e entramos em outra. A paixão morre e volta. A dor é espantada para longe e vem à tona mais adiante. Amar significa abraçar e ao mesmo tempo suportar inúmeros finais e inúmeros recomeços - todos no mesmo relacionamento."

 ("Mulheres que correm com os lobos", Clarissa Pinkola Estés, p. 205)





Tem que rolar uma piadinha...